quinta-feira, 20 de maio de 2010
A supremacia do ataque
Os dois jogos de quarta-feira definiram os finalistas da Copa do Brasil. E ambas as partidas deram a vaga através do verdadeiro critério de desempate do futebol: o gol. Nada de retranca, nada de vantagens conquistadas no primeiro jogo. Foi para a final o vitorioso de cada confronto de ontem.
Após um primeiro tempo em que a força do Grêmio se sobressaiu em 45 minutos perfeitos da sua zaga, a segunda etapa foi pontuada com três atos de categoria e uma virada na trama em relação à maturidade. O time do Santos não se abateu com a pressão da Vila Belmiro depois da falta de gols, e furou o bloqueio gremista com um belíssimo chute de Paulo Henrique Ganso aos seis minutos.
Com 25 minutos, uma jogada iniciada por André deixou Robinho livre para marcar por cobertura. Cinco minutos depois, o gol de Rafael Marques poderia dar um novo abatimento a um time considerado imaturo. Mas os santistas souberam administrar com tranquilidade a partida, e aos 40, num belo gol de Wesley, decretaram a classificação.
Perder a cabeça? Isso ficou do lado do Grêmio, quando o atacante Jonas pôs sua boa atuação a perder num desentendimento que levou junto o zagueiro adversário, Edu Dracena, e também no momento em que Rafael Marques acabou expulso ao fim da partida. Era a prova de que os meninos foram grandes na Vila Belmiro.
Na Bahia, houve a queda de um mito da Copa do Brasil de 2010. Time que não tomou gols em casa em toda sua campanha nesta edição do torneio, o Atlético Goianiense viu sua defesa se abrir por completo diante da superioridade visível do Vitória da Bahia. O rubro-negro baiano foi outro com o retorno do meia Ramón, que, além da boa movimentação, cobrou a falta que Uelinton desviou para o fundo da rede de Marcio.
Os baianos tiveram também um novo trunfo, com as pazes de Júnior com o gol. Desde que foi anunciada a acusação de falsidade ideológica, o atacante não tinha mais colocado a bola na rede. Desta vez ela veio, com um gol em cada tempo.
Ao final da partida, um princípio de transição do futebol, mas cercado de polêmicas. A FIFA definiu que a partir do dia primeiro de junho, a "paradinha" no momento da cobrança de pênalti está proibida. O lance é anulado e o batedor recebe um cartão amarelo. Mas, cerca de 20 dias antes da regra valer, o árbitro Héber Roberto Lopes a aplicou com o goleiro Viáfara.
O problema não foi a segunda cobrança de Viáfara, porque ela entrou no gol e o time venceu por 4 a 0. A situação fica delicada porque foi o terceiro cartão amarelo do goleiro, e ele não pode atuar na primeira partida da final da Copa do Brasil.
A torcida vai ter de esperar até depois da Copa do Mundo para conhecer o vencedor da Copa do Brasil - a final acontece nos dias 28 de julho e 4 de agosto. Com as idas e vindas de treinamentos fortes, de janelas de contratações e situações de dentro e fora das quatro linhas, é impossível indicar um favorito entre Santos e Vitória da Bahia. Mas, certamente, a ideia favorita dos torcedores é de que o vencedor seja aquele que fizer mais gols. Como foi nas duas semifinais.
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