quinta-feira, 18 de junho de 2009

O dia em que Taison parou



No primeiro confronto decisivo da Copa do Brasil, Corinthians e Internacional deram ao público um espetáculo aberto, cheio de oportunidades de ambos os lados. Um jogo imprevisivelmente delicioso. Jorge Henrique no primeiro tempo e Ronaldo no início da segunda etapa deixaram o alvinegro paulista com vantagem para o derradeiro embate no Beira-Rio. Só que, por mais que ambos os gols tenham sido bonitos, o destaque da noite vestiu a camisa 1 corintiana.

A vitória por 2 a 0 começou a ser escrita nas mãos de Felipe, que se multiplicou no gol corintiano, sem se intimidar com o fato de o adversário ter em sua linha de frente Taison, responsável por 23 gols com a camisa do Internacional em 2009. Mesmo com uma entorse no tornozelo (sentida algumas rodadas antes, e que causou incômodo durante esta partida), o goleiro prosseguiu em campo, atento ao jogo e disposto a manter a invencibilidade corintiana em São Paulo - nesta edição da Copa do Brasil, o time não sofreu nenhum gol em terras paulistanas.

No duelo das equipes, o colorado sofria com a falta de seus titulares - o zagueiro Bolívar (suspenso) e o meia DAlessandro (contundido), o lateral-esquerda Kléber e o atacante Nilmar (ambos na Seleção Brasileiro). Enquanto isto, o substituto de um desfalque corintiano (André Santos, que está na Seleção Brasileira disputando a lateral-esquerda com Kléber) fez a diferença para a equipe paulista. Marcelo Oliveira chegou na esquerda e cruzou para Jorge Henrique fazer 1 a 0.

Mesmo em desvantagem no placar, o Internacional não se intimidou. Tentou uma, duas, inúmeras vezes. Em todas, estava a mão de Felipe para abafar o grito de "gol" gaúcho. Em cobranças de falta, chutes de fora da área, rebatidas, o camisa 1 do Corinthians se desdobrava, mas o gol do Inter não saía.

A disputa prometia ser intensa na volta para o segundo tempo, e parecia ser mais justo a volta ao empate no Pacaembu. Mas o gol saiu do lado corintiano. Aos oito minutos, Elias lançou Ronaldo próximo da área. O atacante passou pelo zagueiro Índio e chutou, fora do alcance do goleiro Lauro.

Mais do que nunca, o Internacional precisava do gol, pois diminuir o placar significava não só tentar o empate em campo como também reduzir a necessidade do número de gols a serem marcados no Beira-Rio. Os gaúchos tinham constantes oportunidades de marcar. Mas a ausência de seus titulares era cada vez mais sentida, principalmente a do meia DAlessandro na criação das jogadas e a de Nilmar na linha de frente com Taison.

Até que chegou ao "clímax" o grande embate da noite. Aos 28 minutos da segunda etapa, Taison chegou livre na cara do gol corintiano, diante de Felipe. O goleiro defendeu o chute do atacante colorado e evitou que a bola entrasse no fundo de suas redes. Estava sacramentada a história. 16 de junho de 2009 foi o dia em que Taison parou nas mãos de Felipe, e a vantagem de dois gols do Corinthians para a segunda partida da Copa do Brasil foi confirmada. Mas, para o próximo capítulo, o rumo da história pode ser reescrito em 90 minutos. Afinal, o espetáculo não pode parar.

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BOLA PRO MATO

0 a 0 com sabores diferentes para o Brasil na Taça Libertadores da América. A carência de gols perdidos (principalmente com Obina) foi crucial para as pretensões palmeirenses no torneio sul-americano - os uruguaios do Nacional agora estarão nas semifinais. Nem mesmo o caminhão de gols perdidos por Máxi López tirou a classificação do Grêmio. O tricolor gaúcho garantiu a presença de um brasileiro na final da competição - os gremistas enfrentam o vencedor do confronto entre São Paulo e Cruzeiro, que será realizado hoje.

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