terça-feira, 10 de agosto de 2010
Ladeira sem fim
Partidas pífias, maus resultados, decepção e vaias da torcida, e um panorama no qual só se pode prever o pior. Isto era o Sport Recife no Campeonato Brasileiro de 2009, quando acabou rebaixado em último lugar no torneio. Mas isto condiz com a realidade do Sport Recife em 2010, durante a campanha do Campeonato Brasileiro da Série B.
Nem mesmo a manutenção da hegemonia em Pernambuco, quando conquistou seu pentacampeonato estadual, fortaleceu o Sport para a competição nacional. Talvez pela euforia recente da conquista do título pernambucano (a decisão contra o Náutico foi numa quarta-feira e a estreia na Série B, com derrota para o Brasiliense, no sábado) fizeram com que o time apresentasse quatro partidas pífias, e depois de um empate e três derrotas, uma delas por goleada de 4 a 1 para o ASA, Givanildo Oliveira foi mandado embora.
Em seu lugar, entrou Toninho Cerezo, que depois de cinco anos no futebol árabe (onde comandou os times Al-Hilal, Al-Shabab e Al-Ain) queria retornar ao Brasil. A torcida rubro-negra respirou aliviada com a vitória sobre o Paraná, e passou a ficar confiante com a goleada por 5 a 0 no América de Natal, em jogo no Rio Grande do Norte. Na volta depois da parada da Copa do Mundo, outra vitória como visitante, um 3 a 1 sobre o Ipatinga.
Mas, o insucesso voltou a aparecer também com o comando de Cerezo. Depois de quatro jogos com dois empates e duas derrotas (uma delas para o Duque de Caxias, time que não tinha vencido ainda no Brasileirão da Série B e estava em último lugar), a diretoria resolveu demiti-lo, mesmo com o retrospecto teoricamente favorável de três vitórias, dois empates e duas derrotas.
A impaciência da diretoria do Sport fica ainda mais agravada porque nem Givanildo e nem Cerezo conseguiram tirar dos jogadores rubro-negros todo o favoritismo ao qual eles foram elevados (em especial por causa do nível técnico inferior de boa parte dos adversários da Segunda Divisão). Bons jogadores como o lateral-esquerda Dutra, o meia Daniel Paulista e os atacantes Eduardo Ramos e Ciro parecem ter deixado seu futebol restrito ao Campeonato Pernambucano. Tanto que o empate com o Náutico, sábado nos Aflitos, foi considerado um resultado desastroso, mesmo sendo fora de casa.
Três anos depois, Geninho volta ao clube com a missão de conseguir o mesmo que conseguira em 2007, mas quando fez o Sport escapar do rebaixamento para a Segunda Divisão. O objetivo é o mesmo - escapar do rebaixamento - mas o contexto é outro. Parar um time desgovernado, que um ano depois de disputar a Taça Libertadores da América se vê ameaçado de ser rebaixado para a Série C, requer o paradoxo de encontrar sangue frio e brios suficientes para mudar tamanha situação.
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Um comentário:
O ano passado para o Sport foi interessante:
No primeiro semestre, disputou o melhor campeonato do continente, a Libertadores. No segundo, a queda pra segunda divisão. E agora, o calvário parece insistir em domar o tradicional leão. Uma pena...
Derbson Frota
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