sábado, 28 de agosto de 2010

Sem máscara



Emerson Leão não é mais o treinador do Goiás. A frase em questão nem é tão inédita no futebol brasileiro, pois basta trocar o nome da equipe para lembrar que Leão recentemente coleciona insucessos, polêmicas e brigas em todas as equipes que dirige. Entretanto, agora o técnico saiu única e exclusivamente pelos maus resultados do esmeraldino, que, depois da derrota por 3 a 0 para o Fluminense no Serra Dourada, chegou ao último lugar na classificação do Campeonato Brasileiro.

A rixa política que assola o Goiás não deixou espaço para Leão mostrar suas irritações e controvérsias com dirigentes, e ficou visível aos olhos dos torcedores suas limitações como técnico. Não bastasse a falta de um padrão de jogo para o time goiano, alguns jogadores de pouca qualidade, como Jonílson, Wellington Monteiro e Everton Santos, foram promovidos a titulares absolutos. Em compensação, boas esperanças de gol, como Bernardo e Romerito, foram deixados de lado, e a equipe se tornou ainda mais inofensiva no ataque.

É bem verdade que as limitações do esmeraldino não disponibilizavam um grande time para Emerson Leão montar - consequências de uma política que esvazia cada vez mais o alviverde goiano. Mas os equívocos do treinador comprometeram ainda mais o desempenho do Goiás, relegado a um time no qual apenas há um resquício de vontade entre seus jogadores.



Da passagem de Leão pelo Serra Dourada, ficam apenas duas lembranças. A do lamentável episódio do Barradão, no qual ao fim do jogo contra o Vitória, o técnico se envolveu numa briga e agrediu um radialista de uma emissora, e o fim do mito de que Emerson Leão é um bom treinador mas atrapalhado por cartolas em todos os clubes que treina.

Talvez este seja um raro momento no qual Emerson Leão é coadjuvante numa crise sem precedente que levou um clube à lanterna do Campeonato Brasileiro. Só que, desta vez, o futebol foi apresentado aos erros de Emerson Leão à beira do campo.

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