domingo, 6 de junho de 2010

Panos quentes?



Drogba, Owen, Pirlo... A lista de jogadores que desfalcarão suas respectivas seleções na Copa do Mundo de 2010 por contusão traz nomes consideráveis (e que, infelizmente, fariam muito bem para a competição). Talvez por receio de que ele engrosse a lista, a Seleção Brasileira decidiu poupar o goleiro Júlio César do amistoso de amanhã, contra a Tanzânia.

Na partida contra o Zimbábue, o camisa 1 sofreu uma pancada no tórax e saiu de campo com 25 minutos de jogo. O departamento médico brasileiro logo se preocupou em dizer que a saída dele foi algo preventivo, uma pancada que precisaria apenas de cuidados rápidos, e logo o jogador estaria recuperado.

Surge hoje a notícia de que Júlio César não vai jogar o último amistoso preparatório antes da estreia dia 15, contra a Coreia do Norte. Em seu lugar, entra o camisa 12, Gomes, que antes dos 65 minutos da semana passada não vinha sendo convocado há tempos por Dunga. Por mais que o atual goleiro do Totteham tenha suas qualidades, não inspira tanta confiança quanto o titular do Brasil (que é considerado o melhor goleiro do mundo por muitos).

Mas o alerta em relação ao goleiro da Internazionale de Milão é ainda maior por causa de seu histórico em relação ao motivo de não jogar contra a Tanzânia. Às vésperas de sair do Flamengo para jogar no time italiano, os médicos rubro-negros esconderam uma hérnia de disco. Somente quando chegou à Inter que o problema veio à tona.

E, agora, após quatro anos de preparação como o camisa 1 de confiança do técnico Dunga, ressurge a ausência de Júlio César por dores lombares. E com o agravante: a prevenção durante o jogo do Zimbábue se estendeu para os 90 minutos contra a Tanzânia.

No jogo final antes do início da Copa do Mundo de 2010, Dunga não deixaria de escalar sua equipe titular se quer testá-la em 90 minutos. Mesmo com o trauma de 1994, quando assistiu a uma contusão do zagueiro titular do time de Carlos Alberto Parreira (Ricardo Gomes perdeu aquela Copa por causa de uma contusão no jogo contra Honduras, e em seu lugar entrou Aldair), ele não pode mais fazer escalações virtuais ou dar desconto nas atuações por causa da ausência de jogadores.

A torcida verde e amarela espera que as palavras do departamento médico do Brasil sejam sinceras. A aposta em Gomes pode até ser interessante, mas perder o melhor goleiro do mundo certamente seria um baque para todo o país. Para uma seleção que entra como favorita na Copa do Mundo, não dá para usar panos quentes. O Brasil permanecerá até dia 15 à espera de Júlio César debaixo das traves brasileiras contra a Coreia do Norte.

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