quarta-feira, 23 de junho de 2010

Novo poder da criação



Hoje foi confirmado que, além de Kaká (suspenso pela expulsão), o meia Elano não entrará em campo contra Portugal, por causa da pancada que levou do jogador da Costa do Marfim no domingo. Com mais uma vaga aberta no meio-de-campo, a obsessão de comentaristas por uma Seleção Brasileira mais ofensiva - inclusive a deste que vos escreve - pode aparecer na última partida da fase classificatória. O técnico Dunga treinou o time com Daniel Alves e Júlio Baptista no lugar dos dois titulares iniciais da equipe.

O camisa 13 do Brasil prossegue em sua peregrinação por uma vaga, e promete repetir a trajetória de outros laterais que atuaram com a camisa amarela - casos do atual auxiliar-técnico Jorginho, que saiu da lateral-esquerda para atuar na direita, e Mazinho, que além das duas laterais em muitas partidas, atuou no meio-de-campo durante a Copa do Mundo de 1994. Daniel Alves acatou a recomendação de Dunga, que diz para seus comandados fazerem tudo pelo selecionado do país. Algo que passou bem longe do time de Carlos Alberto Parreira na Copa de 2006.

Baptista tem o desafio de desmentir o estigma de jogador trombador em 90 minutos. Substituir o camisa 10 da Seleção Brasileira pode elevar um atleta a homem de confiança e presença certa até em convocações pós-Copa, ou afundar sua carreira com a camisa amarela. E, assim como Daniel Alves, o meia-atacante da Roma sabe que não pode almejar a vaga num ataque que tem Luís Fabiano e Robinho como titulares e Nilmar como reserva imediato.

Os portugueses serão a prova de fogo para o novo poder da criação do Brasil. E a única maneira destes reservas tentarem ser mais do que opções imediatas será atuar com a serenidade e a objetividade de um veterano com a camisa da Seleção Brasileira.

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