sexta-feira, 4 de junho de 2010

Fatias não muito distintas



Não há outra metáfora que seja melhor para definir as primeiras rodadas do Campeonato Brasileiro. Após seis rodadas de competição, o torneio segue num equilíbrio que o torna um verdadeiro bolo entre os 20 times. No momento até há algumas distinções entre poucos grupos. Mas todos ainda precisam jogar no limite de suas forças.

Os três primeiros colocados até conseguem alguns pontos de diferença de um para o outro. O Corínthians tem 16, o Ceará está com 14 e o Fluminense marcou 12 pontos. Mas do quarto colocado (Flamengo) até o primeiro de dentro da zona de rebaixamento (Atlético Mineiro), o tropeço de um e uma vitória de outro podem ser decisivos para uma reviravolta na classificação.

O exemplo mais evidente é o do rubro-negro da Gávea. Antes da rodada, o time estava no meio da tabela. O gol de Vágner Love, no Pacaembu, alçou o Flamengo ao quarto lugar no Campeonato Brasileiro, passando sete clubes que tropeçaram na rodada.

A fatia da última vaga do G-4 é mais fraternal neste instante. Mas basta a perda de um ou dois pontos para que as coisas comecem a diferir entre os 14 clubes separados por três pontos.

Das quatro equipes que no momento estão nas últimas posições do Campeonato Brasileiro, duas delas tiveram o sonho entre a iminência de uma tempestade e a esperança das primeiras posições adiado. Com cinco pontos, Vitória da Bahia e Vasco chegam no máximo à possibilidade de entrar entre os 10 primeiros.

A única desigualdade fica mesmo do lado do Atlético Goianiense, que na rodada chegou à quinta derrota na competição e, no momento, está com um ponto (quatro a menos que o penúltimo, o Vasco). Mau panorama às portas da parada da Copa do Mundo.

Enquanto a Copa não vem, os 20 clubes brasileiros têm um fim de semana para conseguir um pouco mais de sabor na prova deste bolo chamado Campeonato Brasileiro. E é bom pontuar (de preferência fazendo um bom saldo de gols), senão a massa desanda e a receita gera uma queda para a Segunda Divisão de 2011.

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O tempo e o placar... traz o que houve de melhor e de pior na sexta rodada.

O CHUTAÇO

Mais do que um belo gol, deixando para trás quase toda a zaga do Palmeiras, VÁGNER LOVE se tornou a peça fundamental do Flamengo neste início de Campeonato Brasileiro. O atacante não só calou o Pacaembu, como também fez a torcida flamenguista ter um pouco de esperança mesmo com seu time ainda no período de entressafra da formação de uma nova equipe.

A FURADA

O VASCO jogou pelo ralo a maior chance de subir na classificação do Campeonato Brasileiro. Numa rodada em que boa parte dos seus adversários diretos tropeçaram, o time se entregou à apatia e, após 90 minutos modorrentos, permitiu que Roger fizesse o gol da vitória do Guarani nos acréscimos. Por ironia do destino, o Bugre é treinado por Vágner Mancini, que em janeiro era comandante da caravela cruzmaltina.

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RESULTADOS - SEXTA RODADA

Quarta-feira

Gremio Prudente 1x0 Atlético Goianiense (Prudentão)
Fluminense 2x1 Vitória (Maracanã)
Atlético Paranaense 3x2 Botafogo (Arena da Baixada)
Ceará 2x0 Avaí (Castelão)
Palmeiras 0x1 Flamengo (Pacaembu)
Cruzeiro 0x0 Santos (Mineirão)
Goiás 2x1 São Paulo (Serra Dourada)

Quinta-feira

Grêmio 2x1 Atlético Mineiro (Olímpico)
Corínthians 2x0 Internacional (Pacaembu)
Vasco 0x1 Guarani (São Januário)

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