terça-feira, 16 de novembro de 2010
Um Brasileirão perdido
Quando foi anunciado que Sandro Meira Ricci seria o árbitro do confronto decisivo entre Corínthians e Cruzeiro, na trigésima-quinta rodada do Campeonato Brasileiro, o consenso foi elogiar sua escalação. Meira Ricci se destacara na competição por arbitragens seguras. Cogitava-se até que ele seria o próximo a figurar no quadro de árbitros da FIFA. Mas, aos 42 minutos do segundo tempo da partida do Pacaembu, todo o seu bom campeonato foi perdido.
Num cruzamento para a área, o zagueiro Gil e o atacante Ronaldo se chocaram, e o camisa 9 caiu na área. Sem hesitar, Sandro Meira Ricci marcou pênalti. Ronaldo cobrou e confirmou a vitória que daria liderança à equipe corintiana - beneficiada pelo tropeço do Fluminense, que empatou em 1 a 1 com o penúltimo colocado, o Goiás, no Engenhão.
O único profissional para o qual as pessoas não dão o direito do benefício da dúvida é o árbitro. Em especial se tiver ao seu redor uma grande expectativa sobre sua qualidade - como foi o caso de Ricci, que era bem quisto até pela diretoria cruzeirense. O árbitro mineiro radicado em Brasília agora precisará ter cabeça fria para não cair nos lugares-comuns que profissionais do apito às vezes têm depois de erros capitais.
Sandro Meira Ricci pode até ser deixado de lado da conspiração que insistem em fazer sobre um suposto esquema para beneficiar o Corínthians. Mas rótulos como árbitro que sente o peso da responsabilidade de apitar um jogo de grande importância e, na dúvida, marca lance favorável à equipe mandante, correm o risco de se perpetuar.
A discussão sobre a existência ou não do pênalti em Ronaldo promete ser interminável. Mas, graças a esta polêmica, o Brasileirão já foi perdido para Sandro Meira Ricci.
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Um comentário:
O árbitro é a pessoa mais xingada sem dúvida alguma. Ele e a sua mãe são os que mais sofrem com isso.
Mas, se você estivesse ali, marcaria o pênalti?
Eu marcaria.
Abraço
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