sábado, 27 de novembro de 2010

O novo meteoro do futebol brasileiro




Não foi uma campanha digna de colocar a faixa de campeão no peito. Mas, certamente, a trajetória do América Mineiro nos últimos dois anos foi uma grande conquista. A equipe, que em 2009 foi campeã da Terceira Divisão, termina 2010 credenciada para voltar à elite do futebol nacional na próxima temporada.

A aposta do time mineiro para o Campeonato Brasileiro da Série B foi bastante arriscada. O elenco deu espaço a jogadores experientes, alguns deles pouco valorizados como Wellington Paulo, Irênio e Joãozinho, e outros de qualidade, mas que a idade poderia pesar - como os atacantes Euller e Fábio Júnior.

Mas o grande mérito do América foi não se restringir a colocar veteranos nos campos da Segunda Divisão. O clube manteve a base campeã da Série C e contratou um treinador que mostrou cacife para conseguir o objetivo americana.

Com o técnico Mauro Fernandes, o Atlético Goianiense foi campeão da Terceira Divisão em 2008 e, no ano passado, chegou à Série A. Uma temporada depois, Fernandes conseguiu repetir o feito, e com algumas coincidências em relação ao acesso do time goiano.

Assim como o Atlético, o América conseguiu a quarta vaga da Segunda Divisão, deixando em quinto lugar a Portuguesa. Tanto goianos quanto mineiros tiveram boa colocação mesmo tendo 13 derrotas após as 38 rodadas na competição. E o time de Minas Gerais também é o que, dentre os quatro clubes, há mais tempo estava longe da Primeira Divisão - a última edição que disputou foi a de 2001.

Mas, depois da ascensão meteórica semelhante ao Atlético Goianiense, o América Mineiro não pode repetir os defeitos que tornaram a campanha do rubro-negro goiano no Brasileirão de 2010 uma estrela cadente. O Coelho de Minas formou uma boa base, que superou duas divisões intermediárias, mas ela não é suficiente para manter a equipe na Primeira Divisão.

A chegada de reforços de melhor qualidade é fundamental. Fábio Júnior é um bom jogador, mas não é nem rascunho do atacante que um dia fez a Roma, da Itália, desembolsar milhões por seu passe. Euller segue tendo talento, mas não tem fôlego suficiente para terminar 2011 - ele anunciou primeiramente que ia encerrar a carreira em 2010, mas já disse que vai pendurar as chuteiras no meio do próximo ano.

O momento é de festa para um time que caiu para a Segunda e a Terceira Divisão, e em 2007 chegou a amargar um ano sem disputar o Campeonato Brasileiro. Só que 2011 já se vislumbra como o desafio de mostrar que não é somente um meteoro repentino no futebol brasileiro.

Nenhum comentário: