sábado, 23 de outubro de 2010

Por uma desigualdade



Quando Grêmio e Internacional se encontraram no primeiro turno do Campeonato Brasileiro, as duas equipes passavam por extremos na competição. Enquanto o Internacional vivia a empolgação da trajetória na Taça Libertadores da América e se dava ao luxo de poupar titulares, o Grêmio convivia com a zona de rebaixamento e tentava achar um rumo para a equipe que se perdeu com a eliminação para o Santos na Copa do Brasil.

Após o empate sem gols no Beira-Rio, o Inter chegou ao título sul-americano, continuou entre as primeiras colocações do Campeonato Brasileiro, mas agora vive um período de futebol oscilante na competição. O time vem de uma partida decepcionante contra o Flamengo no Engenhão - tanto pelo resultado, uma derrota por 3 a 0,, quanto pelo desempenho dos jogadores no gramado - e isto acabou fazendo com que o resultado do Gre-Nal seja fundamental para a expectativa em torno do colorado. Tanto na busca pelo título brasileiro, frase que ainda é palavra de ordem no Internacional, quanto na expectativa pelo Mundial de Clubes, no fim do ano em Abu Dhabi.

Desde que Renato Gaúcho assumiu o comando do Grêmio, o tricolor gaúcho conseguiu uma excelente arrancada (em um dos melhores desempenhos do segundo turno) e agora almeja uma vaga na Taça Libertadores da América de 2011. E o desafio do Gre-Nal fica ainda mais irresistível porque, no momento, os gremistas estão a um ponto dos colorados na classificação do Brasileirão. Deixar o Inter para trás e ficar mais perto do G-4 - que pode virar G-6 e até G-3 de acordo com as artimanhas da Conmebol - fazem com que a luta pela superioridade seja eletrizante amanhã no Olímpico.

A dupla Gre-Nal chega ao seu segundo confronto no Campeonato Brasileiro num equilíbrio bem maior do que no empate em 0 a 0 da décima-segunda rodada. Resta saber se os 90 minutos do Olímpico serão suficientes para mostrar uma pequena desigualdade entre os dois grandes do Rio Grande do Sul.

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