sábado, 7 de março de 2009

Paulistas do céu ao inferno na Taça Libertadores




Considerado o local mais estruturado com relação a seus clubes de futebol, São Paulo há algum tempo vem confirmando sua supremacia com relação ao restante do Brasil. Com o recente tricampeonato consecutivo do São Paulo no triênio 2006/2007/ 2008, o estado já trouxe 17 campeões desde 1971, ano no qual o Campeonato Brasileiro passou a ter realizado no formato usado até os dias de hoje. Além de seis títulos do São Paulo, vieram de terras paulistas quatro títulos do Palmeiras, quatro títulos do Corínthians, dois títulos do Santos e um do Guarani.

A soberania paulista se estende à atual elite do futebol brasileiro. Com a ascensão de Corínthians, Santo André e Barueri ao final do ano passado, o número de participantes paulistas no próximo Campeonato Brasileiro chega a cinco (o estado mais próximo é o Rio de Janeiro, que, com o rebaixamento do Vasco no ano passado, agora tem três participantes na elite), mesmo com a queda da Portuguesa para a Série B.

Em 2009, os paulistas também trazem superioridade no mais importante título sul-americano. SÃO PAULO e PALMEIRAS - respectivamente, o campeão e o quarto colocado no Brasileirão do ano passado - são os representantes de São Paulo na corrida pela Taça Libertadores da América deste ano. No entanto, o panorama da dupla paulista está desigual após as duas primeiras rodadas da "fase de grupos" do torneio.

Após uma classificação tranquila no "mata-mata" da "Pré-Libertadores", o alviverde paulista dirigido por Wanderley Luxemburgo corre o risco de ter sua caminhada rumo ao bicampeonato (10 anos depois da sua primeira conquista) interrompida prematuramente. As falhas da estreia no Grupo 1, com derrota por 3 a 2 para a equipe equatoriana LDU, se repetiram em pleno estádio Palestra Itália. Nem mesmo os reforços baladados, como o zagueiro Edmilson e o atacante Keirrisson conseguiram evitar a derrota por 3 a 1 para o Colo-Colo, do Chile. O "K9" (apelido que o artilheiro tem desde que atuava pelo Coritiba) até contribui com gols, mas as desatenções da zaga atrapalham o Palmeiras. Com duas derrotas em dois jogos, a equipe agora precisa vencer pelo menos três dos quatro jogos que restam nesta fase, e na quarta partida, arrancar um empate.

Já no Grupo 4, o São Paulo se reabilitou depois de um começo hesitante - o empate em 1 a 1 com o Independiente de Medellín, no Morumbi. Em uma de suas melhores partidas desde que trocou de tricolor (seu clube anterior foi o Fluminense, tricolor carioca), Washington marcou dois dos três gols da vitória por 3 a 1 do São Paulo sobre o América, em Cáli, na Colômbia - o terceiro foi marcado por Borges. Graças à ajuda do "Coração Valente", o time agora subiu para a primeira posição no grupo, e leva vantagem no saldo de gols sobre o uruguaio Defensor (que tem o mesmo número de pontos).

Maior campeão brasileiro na competição sul-americana, o São Paulo parece demonstrar mais uma vez sua tendência a ser um time "copeiro". Por mais que seja favorito tanto por trazer jogadores como Rogério Ceni, Jean e Hernanes, o time de Muricy Ramalho atua sempre com seriedade, mesmo quando não é o "mandante" da partida. Já pelos lados do Parque Antarctica, a equipe dirigida por Wanderley Luxemburgo (e que, até a derrota para a LDU ostentava a gloriosa marca de 100% de aproveitamento) parece pecar pela inexperiência na disputa do torneio, contra times que jogam para se defender e aproveitam contra-ataques cruciais, como os dos gols que o Colo-Colo fez na última partida. Luxemburgo tem a tarefa de mostrar aos seus jogadores que esta disputa é completamente diferente do Campeonato Paulista - no qual o time vem bem e, curiosamente, o São Paulo anda tendo seus tropeços.

Ainda há quatro partidas desta "fase de grupos" da Taça Libertadores. Resta aos dois representantes paulistas do torneio terem consciência de que no caminho do céu ao inferno, este campeonato é muito maior do que mera rixa entre times de um mesmo estado.

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BOLA PRO MATO

Depois de algum tempo "sumido" do futebol brasileiro, Romário acena com a possibilidade de ser consultor do América, time de coração de seu pai, Edevair. Este que vos escreve não duvida nada que, em breve, o Baixinho possa voltar a aparecer com a camisa 11, desta vez com a "cor de sangue" do Mequinha.

2 comentários:

Rafael Zito disse...

Vinicius vamos ser parceiros sim. Meu blog estava em reformulaçao por isso da demora

Neste final de semana, o Blog Jornalismo Esportivo inaugura um novo quadro que se chamará Opinião. O primeiro assunto é o retorno do atacante Ronaldo aos gramados e já deve ser lançado como titular contra o Palmeiras ou se deve entrar apenas durante o confronto.

Vejam as opiniões dos integrantes sobre o tema da semana.

www.esportejornalismo.blogspot.com

Marcos Fontelles de Lima disse...

Quero ver o Romário jogar pelo América!! Romário é um grande jogador, se tivesse mais altura e mais cabeça, completaria um trio com Zico e Pelé!!