sexta-feira, 6 de março de 2009

A hora e a vez da Máquina Tricolor funcionar



Desde que passou a receber o patrocínio do plano de saúde Unimed (e, graças a ele, conseguir sair do "buraco" causado por três rebaixamentos consecutivos para retornar à elite do futebol brasileiro), as temporadas atuais do Fluminense trouxeram vários times diferentes, mas uma coisa em comum. O tricolor das Laranjeiras monta equipes com bons jogadores (e sua torcida volta e meia entoa o grito "Melhor do Rio"), mas que em campo têm como consequência uma escassez de títulos.

O ano passado, certamente, foi a temporada mais frustrante para o Fluminense. Além da derrota na final da Taça Libertadores para o equatoriano LDU, o time se tornou motivo de chacota, graças à declaração infeliz de seu então treinador Renato Gaúcho - que dava como certo o título e disse que o time ia "brincar no Brasileiro". O troféu não só escapou em pleno Maracanã, como também a equipe colecionou resultados negativos no Campeonato Brasileiro. Além de Renato, o tricolor teve outros dois técnicos durante o torneio: Cuca e René Simões, ambos com a missão de tirar o time da zona de rabaixamento.

Responsável pela manutenção do Fluminense na Série A do Campeonato Brasileiro, René foi escolhido para continuar seu trabalho nas Laranjeiras. Mas o elenco teve significativas alterações, e a "Máquina Tricolor" ganhou reforços para trazer um 2009 promissor à torcida do tricolor carioca - casos do zagueiro Edcarlos, do lateral-esquerda Leandro, do volante Diguinho, do meia Leandro Bomfim e do atacante Leandro Amaral. Nomes bem sucedidos em outros clubes que o dinheiro da Unimed pôde ajudar a bancar (assim como a renovação de contrato do argentino Conca, disparado o melhor jogador do Fluminense em 2008).

A "Máquina" ficou ainda mais promissora com o retorno de Thiago Neves ao clube, depois de meses mal sucedidos no futebol europeu. Entretanto, nem mesmo a volta do camisa 10 foi capaz de melhorar a situação do Fluminense: o time foi eliminado da Taça Guanabara com uma derrota por 1 a 0 para o Botafogo (que se sagraria campeão do torneio).

Agora, após sucessivas falhas na engrenagem, o presidente Roberto Horcades usa mais uma artimanha para que a "Máquina Tricolor" definitivamente funcione. O Fluminense apresentou ontem o atacante FRED (na foto, ele segurando a camisa 9 ao lado de Horcades) como seu grande reforço para o ataque. De um começo promissor no América Mineiro, o atacante despontou mesmo no Cruzeiro, e logo foi contratado para defender o Lyon, na França. Quatro anos depois de jogar no futebol francês, agora o atacante retorna a gramados brasileiros, numa "novela" que a imprensa diz que teve um desfecho feliz para Fred e para o Fluminense.

Entretanto, não se pode dizer que esta "novela" teve um final feliz. Afinal, ainda resta saber se o atacante corresponderá às fichas depositadas em seu futebol e, em especial, se dias melhores virão para a torcida do Fluminense. Em mais uma "virada" digna de dramaturgia, o time das Laranjeiras consegue trazer um jogador de nível de Seleção, e com um ótimo passado de serviços prestados ao futebol brasileiro. Resta ao torcedor assistir às cenas do próximo capítulo, na expectativa de ver se é agora a hora e a vez da "Máquina Tricolor" funcionar.

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BOLA PRO MATO

Logo depois de este que vos escreve dar o ponto final nesta postagem, o Fluminense surpreendeu novamente. Mesmo com a vitória por 3 a 0 sobre o time paraibano do Patos, o treinador René Simões deixou o comando do time. Em seu lugar, deve assumir Carlos Alberto Parreira, que em 1999 conseguiu tirar o tricolor da Terceira Divisão. Mais um "elemento" para os torcedores de todos os times acompanharem a "novela" do time das Laranjeiras em busca de novos títulos.

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BOLA NA ARQUIBANCADA

No dia 6 de abril, o humorista Chico Anysio apresentará o show De pai pra filho, no Centro Cultural Veneza, em Botafogo. O ingresso custa R$ 100,00 (com meia-entrada a R$ 50,00) e toda a renda será destinada à Associação Amigos do Vasco - grupo criado por vascaínos que têm a intenção de ajudar financeiramente a equipe de São Januário a sair da crise financeira pela qual está passando há muito tempo. Fica a dúvida: com este preço tão alto, quantos "amigos do Vasco" irão aparecer no show de humor de Chico Anysio?

Um comentário:

Marcos Fontelles de Lima disse...

Sobre a Unimed... eu tenho minhas dúvidas, e receio, que um dia o torcedor sofra com todo este investimento... Eu já vi o Paysandu investi tudo o que tinha e o que nao tinha em um ano, para jogar a Libertadores, e hoje em dia amarga a terceira divisão... Curto e grosso, espero que não seja lavagem de dinheiro.

Sobre o Renato Gaucho, que é o segundo jogador que foi do Flamengo que eu mais admiro, superando Romário, Sávio, Edmundo, Bebeto e por aí vai... Mas acho que ele não percebeu que Deus nos deu duas orelhas e uma boca, ou seja ouvir mais do que falar...

Sobre o Fred... eu torço para que ele dê certo na vida. Ele fez um gol na copa, e comemorou da forma que eu comemoraria se o gol fosse meu. Hoje em dia a maioria dos jogadores jogam pelo mesmo time: o dinheio. Pra exemplificar, é só perceber que em entrevistas a garotos, eles sempre relatam o desejo de jogar na Europa (leia-se: Grana!!) cadê o amor pelo time a ou b??

Sacanearam com o René!!

Sobre o Chico, eu até pagaria 200 reais pelo show do cara, que é muito bom!! mas não pagaria nem 1 real pra ajudar o vasco... hahahaha

Sou um torcedor que ao chegar no Rio de Janeiro, uma das minhas primeiras atitudes foi ir a Gavea e me tornar sócio do clube, assim como comprar diversos produtos na lojinha da Gávea e na Fla Shop (rua da quitanda, 87) para ajudar o clube.

Vinicius, no Mengão eu trabalharia de graça como nutricionista, numa boa!!

Ah! avisei um amigo vascaino, o Kalil, sobre o Show do Chico pra ajudar o vasco, mas ao falar o preço ele disse: "Por este preço, o vasco que se f..." é tá caro!! Esse meu amigo é modelo e ator, tbm paraense, torcedor da Tuna Luso Brasileira, bicampeã brasileira da série C.

"Há braços"

Marcos Fontelles