quinta-feira, 5 de março de 2009

Com sobras, Flamengo goleia e passa de fase na Copa do Brasil



Em ritmo de treino, o Flamengo goleou o Ivinhema pelo placar de 5 a 0 e está classificado para a próxima fase da Copa do Brasil. Agora, a equipe carioca espera o vencedor do confronto entre Remo e Barras, do Piauí (a equipe paraense venceu o primeiro jogo em campo piauiense pelo placar de 1 a 0).

De equipe completamente renovada depois da surpreendente derrota para o Resende na Taça Guanabara, o Flamengo encontrou o adversário ideal para reabilitar sua autoestima. O Ivinhema não ofereceu nenhuma resistência ao time rubro-negro, que ainda contou a colaboração da zaga sul-matogrossense em vários lances.

Com amplo domínio na partida, o Flamengo não sentiu a ausência do lateral Juan (que foi vetado pouco antes da partida). A equipe teve a primeira chance aos seis minutos, quando Léo Moura (escalado por Cuca para atuar no meio-campo) cruzou na cabeça de Josiel, mas a bola passou por cima do travessão. Seis minutos depois, o atacante realizou uma bela tabela com o companheiro de ataque Zé Roberto, que terminou com defesa do goleiro Washington. O lance acabaria invalidado pelo bandeirinha, que marcou impedimento. Josiel perdeu outra chance em uma cabeçada para fora, aos 15. No minuto seguinte, seria a vez de Zé Roberto isolar uma ótima chance para o rubro-negro.

A primeira chance do Ivinhema veio somente aos 18 minutos, em falta bem cobrada por Mailson que obrigou Bruno a fazer excelente defesa. Mas um minuto depois, a tímida reação do campeão sul-matogrossense caiu por terra. Numa jogada no mínimo estranha, Josiel cruzou mal para a área. A zaga do Ivinhema bobeou e Léo Moura, mesmo sem ângulo, marcou 1 a 0 para o Flamengo.

A partir daí, o time do Mato Grosso do Sul se resumia a ficar na defesa e tentar jogar a bola para o ataque na base do chutão. E o Flamengo chegou ao segundo gol aos 37, em nova falha coletiva dos zagueiros do Ivinhema. Após Josiel disputar uma dividida, a bola sobrou para Zé Roberto, que mandou uma bomba para o gol. O primeiro tempo chegava aos 45 minutos quando Kleberson encontrou Zé Roberto livre na esquerda. O camisa 10 não teve dificuldades para chutar na saída de Washington: 3 a 0.

O segundo tempo começou com pressão do Ivinhema (que trocou Mailson por Formigão) - que tentava pelo menos fazer dois gols, para forçar uma segunda partida em campos cariocas. Aos oito, Joari tentou um cruzamento rasteiro, mas Bruno espalmou nos pés do atacante Dinei.

A equipe do Mato Grosso do Sul abusava das faltas, e o capitão flamenguista Fábio Luciano reclamou com o treinador Douglas Ricardo, dizendo que eles "estavam entrando pra machucar". Foi do zagueiro a primeira oportunidade do Flamengo na segunda etapa, mas ele concluiu mal de frente para o gol. Cinco minutos depois, Léo Moura chutou para o gol na entrada da grande área, e obrigou Washington a fazer grande defesa. Aos poucos, o Flamengo foi perdendo novas oportunidades.

Aos 19, enquanto o Ivinhema fazia sua segunda substituição (saiu Clodoaldo e entrou Hamilton), Cuca fazia a primeira alteração no time: saiu Josiel, para a entrada do "xodó" Obina (barrado depois das más atuações na Taça Guanabara). O atacante quase fez um gol de bicicleta, mas a bola bateu no zagueiro do Ivinhema. O Flamengo continuava administrando o placar, mas indo menos ao ataque. Somente aos 25 teve uma nova chance, quando Kléberson chutou de fora da área e Washington defendeu com dificuldade.

Faltando 15 minutos para o final, novas "caras" em campo: no Flamengo, Zé Roberto deu lugar a Maxi, e no Ivinhema, Fabinho entrou no lugar de Nelsinho. O time do Mato Grosso do Sul tentava algumas jogadas, mas nada que alarmasse os rubro-negros. O único chute de perigo foi aos 32 minutos, quando Alex Cruz chutou por cima do gol de Bruno.

A nove minutos do fim, o Cuca fez sua última mudança: Fierro em lugar de Airton. Aos 39, o Flamengo marcou o quarto gol da partida. Kléberson recebeu de Fábio Luciano na entrada da grande área e, depois de passar por um zagueiro, tocou rasteiro à direita de Washington. Logo em seguida, o jogador Formigão foi expulso, mas àquela altura a desvantagem numérica não fazia diferença para o Ivinhema.

A equipe da Gávea já dava "olé" para o delírio da torcida presente no Estádio Morenão, mas ainda tinha tempo para mais um gol em Campo Grande - e um gol com jogada estrangeira. O chileno Fierro lançou para a área, e o argentino Máxi chutou no ângulo esquerdo, sem defesa para Washington. Goleada incontestável, que garantiu a classificação à próxima fase da Copa do Brasil e, principalmente, deu moral ao Flamengo para o iminente início da Taça Rio (segundo turno do Campeonato Estadual).

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IVINHEMA (MS) 0x5 FLAMENGO

Gols: Leo Moura, aos 19, e Zé Roberto, aos 37 e 45 minutos do primeiro tempo. Kleberson, aos 39, Maxi, aos 45 do segundo tempo.

Cartões amarelos: Fábio Luciano, Aírton, Toró, Obina (Flamengo); Formigão, Iwata (Ivinhema).

Expulsão: Formigão (Ivinhema).

IVINHEMA - Washington, Buguinho, Roninho, Ramon e Nelsinho (Fabinho); Clodoaldo (Hamilton), Iwata, Maílson (Formigão) e Joari; Dionei e Alex Cruz. Técnico: Douglas Ricardo.

FLAMENGO - Bruno, Everton Silva, Fábio Luciano, Wellinton e Kleberson; Aírton (Fierro), Toró, Leo Moura e Ibson; Zé Roberto (Maxi) e Josiel (Obina). Técnico: Cuca.

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BOLA PRO MATO


Este que vos escreve não assistiu ao jogo entre Corínthians e Itumbiara, mas viu um ou dois lances do Ronaldo em campo. Como era de se esperar, não fez muita coisa em cerca de 25 minutos atuando na partida. Mesmo assim, boa sorte ao Ronaldo em seu novo começo.

3 comentários:

Marcos Fontelles de Lima disse...

Salve Vinicius!!

Não gostei do Flamengo no jogo de ontem!! vc pode pensar: Que cara maluco! o time dele ganha de goleada, mete cinco e ainda vem criticas... Vamos lá!!!

É notório que os jogadores do Mengão torcem pelo Obina. O Josiel correu muito, lutou muito, se desmarcou, mas a bola não era tocada pra ele... Acho que tah rolando a famosa panelinha, e o Cuca é o Chef deste restaurante chamado Flamengo, pois por qual motivo ele tira o Josiel pra por o Obina? Eu respondo!! Esperar que o Obina desencante, visto que o time adversario era fraco, entregando gols e não marcando colado. Foi a prova de que ainda existe time bobo no futebol.

Outra coisa: O futebol brasileiro e mundial esta carente de laterais, aí o Senhor Cuca que tem laterais, que não são bons mas medianos, e ele me põe um deles (0 0utro estava machucado) no meio de campo. Sabe pq? Eu respondo! pra fzr de conta que ele esta mexendo no time. O certo seria tirar um dos milhoes de cabeças de areas que o Mengão tem e colocar o time pra frente... simplesinho e bonitinho como dizia o filho do Sherlock Holmes, Fernando Vanucci vc sabia que o nome do pai do Vanucci é Sherlock Holmes?).

O Flamengo poderia ter goleado de 10 a zero, e assim o faria, não pelo volume de jogo imposto, mas pela fragilidade adversária... Botafogo e Vasco estão sobrando... O Flu vem de Fred...

"Há corda" Mengão!!

"Há braços"

Vinicius!!

Vinícius Faustini disse...

Marcos,

Nelson Rodrigues dizia: "as goleadas são muito perigosas. Quisera eu que o Fluminense vencesse sempre por 1 a 0. Ou até, meio a zero". O Estadual do Rio em 2008 trouxe inúmeros exemplos disto - muitos jogos nos quais os grandes jogavam mal, ao final o placar era 4 a 0 ou 5 a 0.

De fato, o time do Flamengo precisa render mais, pra não passar sustos como a eliminação na semifinal da Taça Guanabara. Por mais que o resultado de ontem dê autoconfiança pro returno, também não se pode dizer que o time melhorou de uma hora pra outra. Trabalhos de equipe devem ser feitas a longo prazo, como o Dorival Júnior vem fazendo no Vasco, por exemplo.

Só que, pelo contexto, o Ivinhema foi o adversário ideal pra reabilitar a moral do clube. Muitos torcedores não pensam como você, que avalia a partida. Só se apega à goleada - em especial o público no Mato Grosso do Sul, muita gente que deve ter visto o Flamengo de perto pela primeira vez.

Concordo com o que você disse em relação ao Josiel. Sempre o achei bom jogador, e não entendo o por que de o Cuca ter demorado a escalá-lo no início da partida (dois gols pelo menos passaram por ele, em especial o primeiro de Zé Roberto, que foi proporcionado pela dividida dele - por pior que fosse o zagueiro do Ivinhema). Só que aí recai em outro problema, que, infelizmente, acontece no Brasil.

O medo de ser mandado embora de uma hora pra outra é tanta que os técnicos acabam se sujeitando às vontades da torcida. O Obina é um jogador limitadíssimo, mas no Carioca do ano passado toda vez que entrava em campo tinha a sorte de colocar pelo menos uma bola no fundo das redes. Aí, toda vez que o time tá jogando mal, o atacante vira um "salvador da pátria", e, se o técnico não o coloca como titular ou no decorrer da partida, tome vaia. Pra não se comprometer, bota o cara.

Acontecia o mesmo no Vasco do ano passado. O Edmundo só se metia a besta de "se escalar" e de escalar os companheiros de jogo porque a torcida ficava gritando o nome dele o tempo todo. Na reestreia dele pelo Vasco, na semifinal da Taça GB contra o Flamengo, o sujeito estava visivelmente fora de forma, mas mesmo assim "se escalou". Resultado: partida em 1 a 1, pênalti pro Vasco, ele vai cobrar o pênalti (sim, porque ele era o único que podia chutar de bola parada, seja falta o pênalti), dá um chutinho mixuruca que o Bruno nem precisou fazer força pra defender.

Este é outro mistério do futebol... Os jogadores que caem na graça da torcida, e acabam virando mitos que assombram até o cargo de treinadores. Entende o que quero dizer ou tô filosofando demais?

Eu concordo com o que você diz sobre a carência de laterais, acho que, se o Ivinhema não fosse tão fraco, a escalação do Léo Moura no meio poderia custar muito caro pro time - em determinado momento da partida, ele começaria a jogar pelas laterais e expor o meio-de-campo.

Mas, continuo achando que a vitória do Flamengo foi incontestável. Não por um grande futebol, mas principalmente porque a equipe de Mato Grosso do Sul parecia figurante em campo. E acho mais do que natural você não ter aprovado o time em campo - até porque, nos primeiros 15 minutos, o Flamengo teve UMA AVENIDA na área e mal chegou perto do gol.

Abraços,

Vinícius Faustini

www.otempoeoplacar.blogspot.com

www.diariodeumsalafrario.blogspot.com

www.emocoesrc.blogspot.com

Marcos Fontelles de Lima disse...

Nelson Rodrigues dizia: "as goleadas são muito perigosas. Quisera eu que o Fluminense vencesse sempre por 1 a 0. Ou até, meio a zero". O Estadual do Rio em 2008 trouxe inúmeros exemplos disto - muitos jogos nos quais os grandes jogavam mal, ao final o placar era 4 a 0 ou 5 a 0.

De fato, o time do Flamengo precisa render mais, pra não passar sustos como a eliminação na semifinal da Taça Guanabara. Por mais que o resultado de ontem dê autoconfiança pro returno, também não se pode dizer que o time melhorou de uma hora pra outra. Trabalhos de equipe devem ser feitas a longo prazo, como o Dorival Júnior vem fazendo no Vasco, por exemplo.

Só que, pelo contexto, o Ivinhema foi o adversário ideal pra reabilitar a moral do clube. Muitos torcedores não pensam como você, que avalia a partida. Só se apega à goleada - em especial o público no Mato Grosso do Sul, muita gente que deve ter visto o Flamengo de perto pela primeira vez.

Concordo com o que você disse em relação ao Josiel. Sempre o achei bom jogador, e não entendo o por que de o Cuca ter demorado a escalá-lo no início da partida (dois gols pelo menos passaram por ele, em especial o primeiro de Zé Roberto, que foi proporcionado pela dividida dele - por pior que fosse o zagueiro do Ivinhema). Só que aí recai em outro problema, que, infelizmente, acontece no Brasil.

O medo de ser mandado embora de uma hora pra outra é tanta que os técnicos acabam se sujeitando às vontades da torcida. O Obina é um jogador limitadíssimo, mas no Carioca do ano passado toda vez que entrava em campo tinha a sorte de colocar pelo menos uma bola no fundo das redes. Aí, toda vez que o time tá jogando mal, o atacante vira um "salvador da pátria", e, se o técnico não o coloca como titular ou no decorrer da partida, tome vaia. Pra não se comprometer, bota o cara.

Acontecia o mesmo no Vasco do ano passado. O Edmundo só se metia a besta de "se escalar" e de escalar os companheiros de jogo porque a torcida ficava gritando o nome dele o tempo todo. Na reestreia dele pelo Vasco, na semifinal da Taça GB contra o Flamengo, o sujeito estava visivelmente fora de forma, mas mesmo assim "se escalou". Resultado: partida em 1 a 1, pênalti pro Vasco, ele vai cobrar o pênalti (sim, porque ele era o único que podia chutar de bola parada, seja falta o pênalti), dá um chutinho mixuruca que o Bruno nem precisou fazer força pra defender.

Este é outro mistério do futebol... Os jogadores que caem na graça da torcida, e acabam virando mitos que assombram até o cargo de treinadores. Entende o que quero dizer ou tô filosofando demais?

Eu concordo com o que você diz sobre a carência de laterais, acho que, se o Ivinhema não fosse tão fraco, a escalação do Léo Moura no meio poderia custar muito caro pro time - em determinado momento da partida, ele começaria a jogar pelas laterais e expor o meio-de-campo.

Mas, continuo achando que a vitória do Flamengo foi incontestável. Não por um grande futebol, mas principalmente porque a equipe de Mato Grosso do Sul parecia figurante em campo. E acho mais do que natural você não ter aprovado o time em campo - até porque, nos primeiros 15 minutos, o Flamengo teve UMA AVENIDA na área e mal chegou perto do gol.

Abraços,

Vinícius Faustini

Marcos Fontelles


Vinicius, eu pensei... poxa neste texto eu assino embaixo... e pq não? hahahaha e vc não esta filosofando demais não... tem jogador que ganha mais moral que o próprio time... Quando o atleta tem cabeça, e mesmo sabendo que "ele ta valendo mais que o time", se coloca com humildade, acaba sendo chamado de Zico, Dinamite ou Pelé... Mas quando o jogador sabe que "vale mais que o time" e se aproveita disso, acaba sendo chamado de marrento!!

Eu gosto muito da postura do RC, não meu amigo, desta vez não é o Roberto Carlos, mas o Rogerio Ceni... que sempre coloca instituição São Paulo lá em cima!!!