quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Os parados dos pontos corridos



Enquanto algumas equipes ainda têm batalhas por resolver dentro de campo, outras que não acham motivos melhores do que suas colocações no Campeonato Brasileiro passam as últimas rodadas em discussões paralelas sobre o resto da competição. Além da ética da "mala branca" e da possibilidade de entregar ou não uma partida, para prejudicar um rival tradicional, outro assunto em questão é a motivação para a reta final de campeonato.

Recentemente, o jogador vascaíno Felipe declarou que a eliminação do Vasco faz com que ele não tenha mais motivação para as últimas rodadas. Mas seu salário alto não é suficiente para fazer com que ele se empenhe em campo?

Um título ou, no caso do Campeonato Brasileiro, o credenciamento para jogar a Taça Libertadores da América do ano que vem, dão margem para que o jogador tenha mais visibilidade. No entanto, se ele e seus companheiros não conseguem ter um desempenho digno destas conquistas, a torcida e o clube ao menos têm o direito de exigir uma colocação honrosa na competição. E a declaração de Felipe dá a entender de que ambos foram descartados por ele em seu fim de temporada.

O jogador de futebol ao menos precisa dar um retorno ao investimento do clube, e mostrar à torcida que ele merece sua confiança e, quem sabe, a condição de ídolo. Isto pode fazer com que seu passe seja valorizado, além da possibilidade de rendimento com mais cifras em seus contratos.

Num futebol que exige velocidade, a desmotivação fica no banco de reservas. Independente do contexto, o jogador tem de entrar bem em campo e apresentar seu melhor futebol. E, principalmente, o jogador tem de saber que já é uma grande conquista estar num clube de destaque do futebol nacional.

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