quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Certificado de qualidade



Não é apenas no padrão de jogo ou no formato de competição que o futebol brasileiro vem se assemelhando com a bola que rola nos demais países. O Brasil agora aderiu de vez à globalização do mercado, e vem abrindo suas portas para jogadores de outra nacionalidade.

Com a grande contribuição de Darío Conca ao título do Fluminense, e os destaques de Montillo no Cruzeiro e D'Alessandro no Internacional, a Argentina vem surgindo como o Eldorado dos clubes brasileiros. A espera por novos jogadores habilidosos que tenham potencial suficiente para se tornarem ídolos promete aumentar a busca por jogadores desta nacionalidade nas próximas temporadas do Brasil.

O mercado nacional aponta para uma inversão de valores. O Brasil, que outrora exportava seus jogadores de ponta para o mercado europeu (e cada vez mais cedo), agora surge como reduto para apostas argentinas. A iniciativa é válida? Se a trinca de meio-campistas deu certo, jogadores como Defederico e Maxi não corresponderam às expectativas dos clubes que defenderam. Valeria à pena esta presença constante de argentinos no mercado brasileiro?

Não há dúvida de que a Argentina é um dos grandes centros do futebol mundial - sua tradição internacional comprova isto. Mas este investimento constante em jogadores argentinos pode fazer mal tanto para a imagem do país quanto para o futebol do Brasil. O risco de o país seguir o caminho das seleções da Itália ou da Inglaterra, que abriram tanto espaço para estrangeiros que inibiram o surgimento de craques em seus respectivos países. Argentinos (e jogadores de todas as nacionalidades) serão sempre bem-vindos. Desde que melhorem o conceito do futebol jogado no Brasil.

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