quarta-feira, 3 de março de 2010
O novo Romário
É inevitável a comparação. Oito anos depois do período pré-Copa do ano de 2002, o técnico Dunga passa pelo mesmo problema de Luiz Felipe Scolari. A poucos meses da Copa do Mundo daquele ano, Felipão insistia em não convocar o atacante Romário, mesmo com a imprensa e boa parte da opinião pública pedindo. Hoje, as pessoas pedem o nome de Ronaldinho Gaúcho.
A diferença do ano do penta para 2010 é bem grande: no ataque de 2002, a Seleção Brasileira tinha nomes como Ronaldo e Rivaldo. E neste ano? O Brasil tem somente Kaká como jogador de destaque no meio-de-campo. O outro jogador que poderia mostrar tanto talento quanto Ronaldinho Gaúcho - Ramires - não vem apresentando muita coisa com a camisa amarela. A tendência é de que, mais cedo ou mais tarde, ele seja sacado para entrar Elano, meia com características um pouco mais defensivas.
Após hibernar nos gramados, com péssimas atuações no Milan, Gaúcho vem sendo decisivo em algumas partidas pelo Campeonato Italiano. Não muitas, mas o suficiente para superar em termos de popularidade alguns jogadores que estão na Seleção Brasileira mas amargam a reserva nos clubes europeus.
No entanto, este período de hibernação nos últimos anos (tanto em seu clube quanto nas partidas modorrentas que fez pela Seleção Brasileira) custou caro ao jogador. Pelo que apresentou nas vezes em que esteve em campo pelo Brasil, de fato, Ronaldinho Gaúcho não mereceria estar entre os 23 convocados.
Por mais que nomes como Elano, Ramires e Júlio Baptista tenham incontestavelmente futebol inferior à genialidade de Ronaldinho, eles passam confiança por sua estabilidade - característica fundamental para Dunga. E, por melhor que Ronaldinho Gaúcho esteja em seu clube, o que vale para o técnico são mesmo as atuações na Seleção Brasileira.
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