quinta-feira, 4 de março de 2010

Dominó em verde e branco



A vitória sobre o São Paulo na semana passada pareceu ser mesmo um alarme falso. O Palmeiras mais uma vez saiu de campo com uma derrota no Campeonato Paulista - desta vez para o Santo André, por 3 a 1, em pleno Palestra Itália. Um resultado que torna o próximo jogo ainda mais decisivo para as pretensões alviverdes, não só no torneio, como também diante de sua torcida, que entoou gritos de "time sem-vergonha".

Não parece que qualidade seja o problema dos palmeirenses. O elenco está no mesmo nível de boa parte dos clubes brasileiros, e conta com bons jogadores como Diego Souza e Robert, além de um líder como Marcos. O problema vem de cima, e, infelizmente, está afetando desde o final do ano passado o desempenho do Palmeiras em campo.

Um presidente que tem lampejos de exaltação, e vocifera contra árbitro por se insinuar logrado numa partida, retrata bem a situação da diretoria palmeirense. O problema não é meramente lidar com amadorismo: o Palmeiras tem em sua direção pessoas com a mesma sensatez de fanáticos de arquibancada.

Não adianta trocar de técnico - em especial impedir um trabalho a longo prazo de Muricy Ramalho para arriscar no nome do desconhecido Antônio Carlos Zago. Isto somente atropela ainda mais uma equipe. Ela ainda se adequava ao esquema anterior, com novos reforços e uma tática que ainda estava sendo montada. Na partida contra o Santo André, Antônio Carlos anunciou que a prioridade ia ser para o toque de bola. Iria funcionar em apenas algumas semanas de treino?

O Palmeiras não perdeu apenas por 3 a 1. Saiu de campo expulso e recebido com vaias e ofensas pela torcida o meia Diego Souza - que ao final do ano passado recebeu o prêmio de Craque do Brasileirão.

Do jeito que as coisas andam, o "efeito dominó" ainda tende a derrubar muita coisa no Palestra Itália. E, pelo jeito, é este o jogo que presidente Luiz Gonzaga Beluzzo gosta de fazer. O Palmeiras não tem na diretoria nenhum estrategista neste "jogo de xadrez" chamado futebol.

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