segunda-feira, 15 de março de 2010

Ataque de nervos



Num duelo marcado por intensidade de ambos os lados, a serenidade colocou na marca do pênalti o poder que alguns jogadores têm de se abala psicologicamente com facilidade. Em clássico de três pênaltis assinalados, o atacante Dodô (alvo de críticas da torcida vascaína desde a perda da Taça Guanabara) errou nas duas oportunidades que teve, enquanto o flamenguista Adriano, que viu a briga com a noiva Joana Machado afetar sua escalação nas partidas anteriores, precisou de apenas uma cobrança para fazer o Flamengo vencer o Vasco no Maracanã.

O único ataque que se sobressaiu no Clássico dos Milhões foi o "ataque de nervos" entre todos os jogadores e espectadores. Vágner Love e Adriano pouco se movimentavam na área vascaína, enquanto Dodô e Rafael Coelho se escondiam entre os zagueiros flamenguistas.

Os coadjuvantes das equipes também não contribuíam tanto. Vinícius Pacheco já esteve em dias melhores, enquanto seu adversário Philipe Coutinho fazia a melhor partida como profissional no Vasco da Gama - mas se ressentia da pouca colaboração dos atacantes vascaínos, da ausência de Carlos Alberto e de sua pouca estrutura muscular. Isto fazia com que ele perdesse boa parte das divididas com os defensores rubros-negros.

No setor defensivo, o gramado era molhado por uma chuva torrencial de pontapés, em especial com o zagueiro Gustavo, do Vasco, e o volante Williams do lado do Flamengo. Os laterais das duas equipes derrapavam nas curvas, e tinham receio de arriscar um pouco mais, temendo a possibilidade de colocar tudo a perder.

Nas cobranças de pênalti, o Maracanã coroou mais uma vez o goleiro acostumado a abafar o grito de gol de um atacante. Por mais que as cobranças de Dodô não tenham sido muito inspiradas (em especial a primeira, na qual o atacante praticamente atrasou a bola para o arqueiro), o camisa 1 demonstrou segurança e o mérito de ir no mesmo canto em que a bola foi chutada.

A falta de vibração de Dodô contrasta agora com o nervosismo da torcida vascaína e torna ainda mais denso o clima em São Januário. E a vitória por 1 a 0 no clássico dá ao Flamengo a certeza de que em momentos decisivos a equipe pode se defender de jogos à beira de um ataque de nervos.

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BOLA PRO MATO

O tempo e o placar... recomenda a leitores de todas as torcidas que vejam a reportagem Uma viagem ao mundo proibido do Imperador do Mengão. A jornalista Leslie Leitão fez uma investigação corajosa a bem detalhada dos bastidores do universo do atacante Adriano. Está na sessão Ataque, do jornal O Dia. Basta copiar o link abaixo e colar em seu navegador para ler:

http://odia.terra.com.br/portal/ataque/flamengo/html/2010/3/uma_viagem_ao_mundo_proibido_do_imperador_do_mengao_69156.html

2 comentários:

O autor disse...

Concordo com tudo que vc disse sobre o clássico de ontem, no Rio. A diferença entre um atacante de seleção, de nível mundial, para outro de clube, de níve nacional, é a mesma entre Adriano e Dodô.

Gostei também da atuaçao de Rafael Carioca pelo lado vascaín. Fora a cotovelada proferida pelo volante em cima de Juan.

A verdade é que o poder mesmo é Bruno, o paredão da Gávea, um dos melhores goleiros do Brasil na atualiade. Uma chancezinha da na seleção cairia bem, não?
Abraços,
http://diarioesportivogolaco.blogspot.com

Derbson Frota disse...

Realmente no clássico de ontem o ataque que prevaleceu foi o de "nervos". Sorte do Flamengo, que tem um dos melhores goleiros do Brasil, e um atacante que sabe definir no momento em que precisa!
O time rubro-negro agora ganhou um gás a mais pra essa maratona de jogos do Carioca e Liberta, enquanto o Vasco continua capisbaixo com seu futebol e principalmente com a torcida...

Derbson Frota
Tianguá CE