quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Incógnita de nível internacional



O fato de começar mais uma Taça Libertadores da América não foi mesmo um argumento suficiente. O São Paulo segue com seu futebol hesitante, como um time que joga para o gasto e traz um final imprevisível para torcedores acostumados com glórias.

A vitória por 2 a 0 sobre a equipe mista do mexicano Monterrey parece ter dado um gosto de "não fez mais do que a obrigação" aos que estiveram presentes no Morumbi. Embora Ricardo Gomes disponha de um elenco de qualidade, desde o Brasileiro de 2009 os jogadores parecem não encontrar a menor sintonia. E, para completar, a instabilidade de nomes como Hernanes, Jorge Wagner e Washington agora vem acompanhada de outros "mistérios" do atual futebol brasileiro - caso do meia Léo Lima, que tem em seu currículo a ampla e irrestrita instabilidade emocional e futebolística.

Jogar a responsabilidade das vitórias para Marcelinho Paraíba não parece uma boa saída para os são-paulinos. Por mais que ele tenha se revelado uma ótima opção da equipe nestes primeiros jogos, não dá para esperar uma sequência de jogos capaz de torná-lo um líder de um time.

Talvez por isto a diretoria esteja jogando tantos holofotes sobre a contratação de Cicinho. A expectativa de repetir a boa temporada de outrora (tanto como jogador quanto do São Paulo no qual ele esteve inserido) é tão latente que o lateral mal voltou ao Brasil e atuou por alguns minutos na estreia da Taça Libertadores da América.

A certeza da estrutura e do profissionalismo do São Paulo dá lugar à insegurança de ter um bom time para sua torcida. Se o "Jason" (apelido que o time paulista recebeu por demorar a ir bem nas competições, mas, quando chegar, vir com sede de título e de destruição dos seus adversários) está se guardando para a grandes conquistas, a piada atual da equipe dirigida por Ricardo Gomes parece de muito mau gosto.

9 comentários:

Anônimo disse...

É muito time para um técnico limitado. O Ricardo Gomes foi um grande jogador, mas seu brilhantismo e segurança ficaram no passado. A versão técnico está estragando a imagem construida por esse que foi um dos melhores zagueiros que o Brasil já teve.

A equipe São Paulina têm uma estrutura que lembra o futebol europeu, a diretoria não poupa esforços para estar sempre colocando a instituição "São Paulo" brigando por diversos títulos.

Mas fica claro a carência tática de um técnico vencedor à frente do"Jason". A equipe me parece sentir ainda a falta do Muricy Ramalho e não estou menosprezando o trabalho doR.Gomes, mas vale lembrar que sua passagem pelo Monaco(França) foi pífea. O clube frances tinha em mãos um dos elencos mais fortes do campeonato local, e antes da transferência de Gomes para o SP, o Monaco terminou a temporada na 10º colocação.

Abraços,

Nando Quaresma

Ricardo Oliveira Theil disse...

Que saudade deste blog e da mesa redonda quatro linhas. A cada dia sou fã do Fernando Quaresma. Tão novo, porém um mestre em suas sábias palavras. Concordo com ele em tudo. Sou torcedor do Atlético/PR e vendo os jogos do São Paulo, pude perceber que o time têm muito mais do que eles apresentam ao público.

Ricardo Gomes é um técnico feito para clubes com jogadores medianos ou jovens talentos que estão se lançando no esporte. Um clube como o São Paulo, cheio de jogadores com muitos talentos, fica difícil jogar "buroctaticamente".

Parabéns Vinicius Faustini pela qualidade de sua matéria e espero poder ouvir novamente o programa 4 linhas.

Até Mais

Augusto Ximenes disse...

Pensei que fosse o único ao ver o Ricardo Gomes um técnico limitado. Ele está se mostrando um técnico mediano, sem faro para títulos.

Não quer dizer que ele foi um grande jogador, automaticamente será um grande técnico. Podemos ver isso claramente na seleção da Argentina. Maradona foi um gênio nos gramados, resolveu ser técnico e não está conseguindo nada.

É melhor pendurar as chuteiras no auge e ser lembrado como um herói, do que tentar me aventurar como técnico e manchar toda história construída.

Felipe Klin disse...

O São Paulo se profissionalizou necessita de um técnico profissional também. Esse Ricardo Gomes é um enganador.Volta Muricy !

Rikawa disse...

Ricardo Gomes é igual Renê Simões. É muito bom para seleções como: Costa Rica, Honduras, Jamaica, Cuba ou times desconhecidos. Em time de ponta eles não têm brilhantismo e gabarito para conquistar títulos.

Obrigado

Vinícius Faustini disse...

Ricardo,

poxa, muito obrigado pelas palavras. O blogue agora está aí, e na medida do possível vamos alternando entre textos e os debates do QUATRO LINHAS.

Augusto,

eu até tentei dar voto de confiança no Ricardo Gomes pela arrancada que o São Paulo teve. Mas pelo que estamos vendo (tanto nos tropeços do fim do Brasileiro quanto neste início de ano), talvez o São Paulo precise mudar de comando. Pois neste caso, SIM, O PROBLEMA É O TÉCNICO.

Felipe,

não sei se o Muricy é a saída. Talvez fosse bom o São Paulo investir num novo técnico. O esquema do tricolor paulista no ano passado já estava bem previsível.

Rikawa,

Ricardo Gomes foi ruim até pra seleções. Nosso time olímpico foi um desastre.

Fernando,

o Monaco é um exemplo. Mas vemos passagens pífias do Ricardo Gomes no Vitória, no Fluminense e no Flamengo.

QUEM SERIA O TREINADOR IDEAL PARA O SÃO PAULO DE 2010?

Abraços,

Vinícius Faustini

Anônimo disse...

Vinicius,

Como conversei com você na noite anterior pelo MSN. Deveriam tentar trazer o Zagallo. Deixava o Velho Lobo no comando e com certeza daria um ânimo extra ao clube. Caso ele não aceite, têm a possibilidade de investir no Paulo Autuori que neste momento está sem clube.

Se não quer demitir o R.Gomes, chame um técnico com mais experiencia em títulos e deixe o Gomes como Assistente técnico.

Abraços

Derbson Frota disse...

Acredito que o técnico são-paulino não está a altura do time, e um novo nome poderia "chacoalhar" o elenco, que me parece ser bom!
Penso também que aquela fase brilhante de terem ganhado tudo o que disputaram já está passando!Afinal, como dizem, "Não há mal que dure pra sempre nem bem que nunca se acabe", e no futebol, essa frase é tão certa quanto o formato da bola ser redondo!
O Jason já não faz medo como antes...

Derbson Frota
Tianguá CE

Marcos Fontelles de Lima disse...

Concordo discordando... Aqui no Brasil o campeão é o melhor do mundo e o vice é apenas o melhor dos piores...