É impressionante como alguns campeonatos estaduais podem ser benéficos mesmo para times que estão hesitantes ou que não colocam o pé no acelerador. O Campeonato Gaúcho traz como exemplo destas atitudes as suas duas grandes equipes agindo da mesma forma.
Após um primeiro turno estranhíssimo - quando, no confronto com os adversários da outra chave somou apenas 17 pontos (estaria em quinto se jogasse no grupo do Internacional) e abriu nove pontos de diferença sobre o segundo colocado - o Grêmio precisou de poucos minutos para chegar à final da Taça Fernando de Carvalho. Foram três gols em seis minutos no primeiro tempo para garantir o domínio sobre o modestíssimo Internacional de Santa Maria.
A classificação após a vitória por 4 a 1 no Olímpico certamente deixou para trás as vaias a alguns jogadores (como Ferdinando e Fábio Rochemback) e a hostilidade que o treinador Silas vinha recebendo nos últimos jogos. Independente da maneira como agiu no primeiro turno, o técnico levou os gremistas a uma final. É este o argumento (frágil, tão frágil quanto os demais times gaúchos) no qual a diretoria e até o próprio Silas vão se basear daqui pra frente. Melhor também para o atacante Borges, que chegou à marca de onze gols em onze jogos.
Na semifinal de hoje, o técnico Jorge Fossati vai se dar ao luxo de escalar o Internacional com uma equipe completamente reserva. Afinal, terça-feira a equipe estreia na Taça Libertadores da América, diante do equatoriano Emelec, no Beira-Rio. Mas, certamente, esta não seria a postura do treinador caso tivesse no domingo um Gre-Nal. Como o adversário é o Novo Hamburgo (que somou apenas oito pontos em oito jogos, com duas vitórias, dois empates e quatro derrotas), o time B do Colorado pode resolver a questão para o Internacional.
Decididamente, o Campeonato Gaúcho é um estadual que caiu dos céus para a dupla Gre-Nal. Mesmo que as atuações das duas equipes estejam muito aquém do esperado, mesmo que elas atuem até com o terceiro ou quarto time, nenhuma outra agremiação do Rio Grande do Sul demonstra um pouco de força para tirar a chance de decisão entre Grêmio e Internacional.
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BOLA PRO MATOBotafogo e Vasco fazem hoje a "zebra" da final da Taça Guanabara. Afinal, no início do ano todos diziam que a parada do Campeonato Carioca seria decidida entre Flamengo e Fluminense - no papel, os dois melhores times do fim de ano de 2009 no Rio de Janeiro. Os próximos 90 minutos vão decidir qual torcida vai ter mais algum motivo para acreditar um pouco mais em seu time de coração para 2010.
Um comentário:
Olá amigos!
Uma dúvida que sempre me assola: Por qual motivo os Estaduais não são padronizados? Não seria muito melhor se todos os Estaduais contassem com 12 clubes e um formato de disputa idêntico ao do Rio de Janeiro? Imaginem um Paulistão com um grupo formado por: Palmeiras, Santos, Ponte Preta, Portuguesa, Barueri e São Caetano, por exemplo. Será que alguém seria capaz de poupar o time? Um Gauchão com OITO times passando para a segunda fase de um Primeiro Turno é piada, né? Aí os torcedores são obrigados a presenciar Mistões ou times completamente reservas. Brasilerão com o mesmo número de clubes do Paulistão então... E como bem disse nosso amigo Vinícius, os amadores dos nossos cartolas, que participam das escolhas das fórmulas dos torneios, ainda cobram resultados nestas competições.
Um abraço para todos e PARABÉNS pelo excelente blog.
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