sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tintas fortes



Os cronistas esportivos são unânimes em dizer que "árbitro bom é o que aparece discretamente nos jogos de futebol". Não parece ser a tendência das primeiras arbitragens do ano de 2010. Cada vez mais os juízes chamam atenção com suas marcações rigorosas, capazes de afetar o andamento de uma partida.

O Campeonato Estadual do Rio de Janeiro traz números alarmantes a cada súmula. Invariavelmente, o número de cartões amarelos das equipes que estão jogando é superior a uma dezena - por exemplo, na sua estreia contra o Tigres, em São Januário, só o Vasco recebeu oito cartões amarelos (além de um vermelho). A sucessão de cartões distribuídos por reclamação também aumentou consideravelmente em cada jogo.

Nesta semana, o pulso do juiz chamou atenção em outra competição. Na partida entre Vélez Sarsifield e Cruzeiro (realizada no estádio José Amalfitani) pela Taça Libertadores da América, o árbitro Martín Vasquez expulsou o meia Gilberto, do Cruzeiro, com dois minutos de partida. O jogador entrou numa dividida com o zagueiro Sebá Dominguez e sua expulsão prejudicou a equipe cruzeirense na derrota por 2 a 0 para os argentinos.

No retorno a Minas Gerais, Gilberto afirmou que o árbitro foi "rigoroso", e que "o lance era só para cartão amarelo". O atleta também declarou que não tinha visto o jogador adversário indo para a mesma jogada.

Independente das suas verdadeiras intenções, Gilberto é mais um exemplo para que todos os jogadores estejam atentos com o rigor das arbitragens. Caso contrário, os juízes terão mais motivos para colocar tintas fortes nos jogos de futebol.

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