terça-feira, 11 de agosto de 2009

A sina dos retirantes



A saga de fiascos do Sport Recife parece não ter fim no Campeonato Brasileiro. Ontem, na estreia do técnico Péricles Chamusca, a equipe saiu do Beira-Rio com mais uma derrota - desta vez para o Internacional, por 3 a 0. Os pernambucanos se consolidam como os últimos colocados na competição, tendo 11 derrotas nas primeiras 18 rodadas.

Passada a busca pelo título da Taça Libertadores da América no primeiro semestre (encerrada com uma derrota nos pênaltis para o Palmeiras), o time agora parece se adequar ao cenário de uma equipe fadada a disputar a Segunda Divisão no ano seguinte. Já teve uma troca de técnicos, perdeu uma de suas referências em campo (o jogador Paulo Baier, hoje no Atlético Paranaense) e deixou de ser temido até mesmo em seu estádio, a Ilha do Retiro.

Há pouco tempo considerado um "caldeirão" para seus adversários, o estádio hoje é uma arena onde borbulham farpas, acusações e uma sucessiva perda de forças da equipe pernambucana a cada partida. E o pior é que nem o principal argumento que os torcedores do Leão usam pode ter alguma credibilidade. Afinal, a eliminação da competição sul-americana aconteceu há alguns meses, e suas consequências já deveriam ter sido digeridas.

Os rubro-negros agora se apoiam na chegada de Péricles Chamusca - solução vinda do futebol japonês - para ao menos conseguirem terminar 2009 entre os 20 melhores do Brasil. Entretanto, com a atual equipe, os retirantes da Ilha do Retiro ainda prometem passar por uma grave sina. A de ficar com uma lanterna e não ter nenhuma luz no fim do túnel.

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BOLA PRO MATO

Sim, é bem verdade que o Vitória teve uma queda de qualidade (e de posições) nas últimas rodadas. Mas demitir Paulo César Carpegiani por o time não vencer há quatro jogos foi uma imaturidade, digna de um clube que não sabe se estruturar para ficar entre os primeiros lugares de um Campeonato Brasileiro.

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