sábado, 5 de setembro de 2009

Sem olhar pelo retrovisor



A opção argentina em transferir o jogo com o Brasil para a cidade de Rosário não foi nada menos do que uma artimanha para intimidar a Seleção Brasileira, tanto pelo gramado quanto por todo o passado que o estádio traz ao time canarinho. A torcida fica muito mais perto dos torcedores do que em outros gramados da Argentina e também foi nesta cidade que as duas equipes se enfrentaram na Copa do Mundo de 1978.

Aquela partida, válida pela segunda fase da competição internacional, terminou com um empate em 0 a 0 e com um grave resultado para o futebol arte: o ataque brasileiro foi parado constantemente pelas botinas dos argentinos, com a conivência do árbitro húngaro Palotai. Na rodada seguinte, Rosário seria palco da duvidosa classificação dos argentinos para a final do campeonato: duas horas depois da vitória do Brasil por 3 a 1 sobre a Polônia, a seleção argentina goleou por 6 a 0 o Peru, em uma derrota com certa polêmica ao redor, e foi para a final contra a Holanda (para ganhar sua primeira Copa do Mundo).



Com os argentinos se arrastando na briga pela classificação nas Eliminatórias da Copa do Mundo (atualmente, estão em quinto lugar), a solução de Maradona e sua trupe foi transferir o jogo para Rosário recorrendo a um duvidoso artifício: a tradição. A esperança da Argentina é que seus jogadores entrem em campo de braços dados com o passado.

Cabe à Seleção Brasileira pisar em Rosário para o duelo contra a Argentina sem olhar pelo retrovisor. E, assim, permitir que o time de Kaká, Robinho e Luís Fabiano escreva uma nova história neste grande confronto do futebol internacional.

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