domingo, 1 de novembro de 2009

Pra tudo tem uma primeira vez



Não foi a primeira vez que o Botafogo saiu vencedor jogando fora de casa em uma partida pelo Campeonato Brasileiro de 2009. Mas foi a primeira vez na qual o alvinegro carioca recorreu ao seu duvidoso padrão de jogo - ao sair na frente do placar, recuar violentamente - e mesmo assim conquistou três pontos. O gol de falta do zagueiro Juninho aos dois minutos do primeiro tempo deixa a equipe fora da zona de rebaixamento por mais uma rodada.

Disposto a prosseguir no G-4 da competição, o Internacional entrou em campo apostando em sangue novo. Vivendo um período de fracas atuações, Taison foi barrado para a entrada de Alan Kardec (jogador da Seleção Brasileira Sub-20 e que veio por empréstimo do Vasco) ao lado de Alecsandro. O jovem argentino D'Alessandro mais uma vez era o encarregado de trazer as chances de gol do time colorado.

Mas toda a euforia gaúcha caiu por terra logo aos dois minutos de partida. Ao cobrar falta sofrida por André Lima, Juninho colocou a bola no canto esquerdo de Lauro. Foi o sétimo gol do zagueiro (que, curiosamente, em sua posição original deixa muito a desejar em suas atuações).

A desvantagem no placar fez o Internacional sepultar todas as suas iniciativas. O que se viu foi um time atabalhoado, que perdia a bola para a própria ansiedade. Bem longe da equipe que era uma das francas favoritas no início do Campeonato Brasileiro. Para piorar a situação, quando o time conseguia chegar ao gol, esbarrava em mais uma tarde fantástica do goleiro Jefferson.

Na segunda etapa, Mário Sérgio colocou os meias Bolaños e Andrezinho (este, improvisado como ala na esquerda), tirando Daniel e um irreconhecível D'Alessandro. As chances começaram a vir novamente, e o Botafogo seguia encolhido ao redor de sua própria área. Em uma das primeiras jogadas de ataque, André Lima deu um puxão na camisa de Índio e tomou seu segundo cartão amarelo na partida. Com um jogador a menos, a equipe de General Severiano praticamente renunciou ao ataque. Jobson (e mais tarde Victor Simões) era o único a estar entre os defensores gaúchos. As outras duas trocas de Estevam Soares - Leandro Guerreiro e Lúcio Flávio por Emerson e Rodrigo Dantas, respectivamente - foram feitas somente para dois jogadores descansados tentarem reforçar a marcação no colorado.

Do outro lado, o Inter teve mais uma opção de ataque, na troca do zagueiro Índio pelo atacante Taison. Mas os ataques se resumiam a cruzamentos para a área, nos quais sempre se sobressaía a segurança do goleiro Jefferson. Graças a seu camisa 1, o alvinegro continuou com sua fama de atuar melhor fora de casa. Ou, no caso, atuar de maneira "mais apresentável". Mesmo que o Internacional não tenha merecido uma vitória hoje.

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Com este post, O tempo e o placar... chega ao seu texto de número 200. Muito obrigado a todos os que acompanharam, leram e comentaram. Este que vos escreve fica muito feliz por ter despertado as discussões do futebol brasileiro.

Um comentário:

Pachá disse...

Parabéns pelo texto 200.
Pena que a vitória do Botafogo não ajudou em nada meu Flu...