segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Armas para a guerra



Não pode-se dizer que houve uma "batalha dos Aflitos" (termo que se tornou corriqueiro em partidas envolvendo o Náutico desde a decisão do Campeonato Brasileiro da Série B de 2005, contra o Grêmio). Mas, certamente, os três pontos que o Flamengo conquistou neste domingo foram fundamentais para o time entrar de vez na briga pelo título do Brasileirão de 2009 - com gols de Petkovic e Adriano.

Como o roteiro previa, o Náutico tomou a iniciativa da partida - a torcida a favor poderia ajudar o time a conseguir preciosos três pontos que o fariam ainda sonhar com a Primeira Divisão. Mas, com a criação das jogadas exclusivamente a cargo de Irênio, as jogas mal chegavam à área flamenguista. E, nos chutes da intermediária, Bruno garantia o gol rubro-negro.

O time de Andrade recorria a esperar o erro do adversário para atacar. E, mais uma vez, começou a conseguir aos 16 minutos do primeiro tempo. A jogada de Adriano culminou em belo passe para Léo Moura. Gledson espalmou e, no rebote, Petkovic abriu o placar em um gol chorado.

O Timbu passou a tentar novas oportunidades, mas o nervosismo com a situação do clube no campeonato e a "falta de sorte" de estar na iminência da Segunda Divisão foram fortes adversários em Recife. A tensão ficou ainda maior quando Cláudio Luiz aproveitou rebote de Bruno em chute de Michel. O gol, bem anulado por impedimento, gerou protestos da equipe e a desestabilizou ainda mais. No apagar das luzes do primeiro tempo, veio mais um golpe para o Náutico: em passe de Zé Roberto, Adriano colocou a bola no fundo da rede de Gledson.

O técnico Geninho trouxe o Náutico no segundo tempo com uma substituição e uma mudança tática: o zagueiro Asprilla saiu para a entrada do meia Juliano. A mudança melhorou o toque de bola da equipe alvirrubra, e deu ao time chances de tirar a vantagem flamenguista.

Com Petkovic cansado e Zé Roberto em uma atuação instável ("coroada" por um gol perdido de maneira incrível, quando, sem goleiro e debaixo da trave, isolou a bola), a equipe pernambucana ganhou espaço no meio-de-campo e acuou o Flamengo. O Náutico ficou ainda mais ofensivo depois das entradas dos atacantes Anderson Lessa e Tuta nos lugares do lateral Aílton e do meia Irênio, respectivamente. Mas o Náutico tropeçava em sua própria ansiedade e também nas boas defesas de Bruno.

Mesmo sem tanta batalha, o Flamengo saiu vitorioso nos Aflitos e conseguiu mais três pontos no seu armamento de guerra. Com o tropeço do Palmeiras diante do Sport no meio da semana, a equipe chegou a 60 pontos, dois a menos que o líder São Paulo. O equilíbrio constante do Campeonato Brasileiro mostra que cada revés em uma batalha pode ser fatal nesta guerra esportiva.

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O programa Quatro linhas está no ar. Basta clicar no blogue da rádio, que está lá um debate com FLÁVIO DE SÁ e VINÍCIUS FAUSTINI.

Um comentário:

Mestre Benicha disse...

Foi um bom jogo, o Flamengo jogou sempre com tranquilidade, organização e autoridade dignas de time que busca o título.

Visite também o Rio Futebol, se puder!

Grande abraço,

Leonardo Resende
Rio Futebol
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