sexta-feira, 13 de abril de 2012

Trem ainda por ajustar



O Vasco encerrou sua participação na fase de grupos da Libertadores com quatro vitórias em seis jogos, superando a desconfiança da torcida após a derrota na estreia para o Nacional do Uruguai, em São Januário (por 2 a 1) e conseguindo se classificar com uma rodada de antecedência em uma chave na qual prometia equilíbrio - à exceção do modestíssimo Alianza Lima. Entretanto, o desempenho não pode apagar a série de problemas que assolam a equipe de Cristóvão Borges.

O time apresentou momentos nos quais estava sonolento ofensivamente (como Diego Souza e Felipe na partida contra o Alianza Lima, no Peru), em algumas vezes pareceu previsível em seu esquema tático e mostrou que ainda não pode jogar com Éder Luís e William Barbio pelas pontas servindo Alecsandro. No setor defensivo, além de Dedé estar alçado a "insubstituível", não há um companheiro de zaga que inspire confiança até o momento - Rodolfo e Renato Silva já apresentaram falhas grotescas em campo.

A cirurgia dentária de Juninho mostrou a gritante dependência tanto de sua qualidade quanto do poder de motivação que o camisa 8 parece dar ao Vasco. Raros jogadores, como Fagner, Allan e, em seus bons momentos, Eder Luis, conseguem ter este poder (mas apenas em lampejos). E para completar, o cruzmaltino não tem um centroavante que faça sombra para Alecsandro, desde a lesão de Tenorio.

Onde se livrar de sonolências, de jogadores convencionados a insubstituíveis e de atletas temperamentais como Eduardo Costa, Nilton e Diego Souza? Roberto Dinamite, Cristóvão Borges e o Vasco da Gama têm até as oitavas-de-final para ajustar este trem na competição sul-americana.

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