quarta-feira, 18 de abril de 2012

Caminho da lógica



Desde sua famosa arrancada contra o rebaixamento em 2009 (na qual passou por cima de 98% de probabilidade de cair para a Série B do Campeonato Brasileiro), os torcedores do Fluminense se acostumaram a acreditar em um bom resultado da equipe até o último minuto. O estigma ganhou nova dimensão na quarta-feira, quando Rafael Moura marcou nos acréscimos o gol da vitória por 2 a 1 sobre o argentino Arsenal de Sarandí - que deu à equipe a primeira colocação geral na fase inicial da Libertadores da América e o direito de jogar a partida de volta do mata-mata sempre em casa. No entanto, é bem provável que venha um desafio de seis letras: Emelec.

Apesar da má campanha na fase de grupos da competição (somente oito pontos), a equipe equatoriana tem um contexto épico que pode ser perigoso para o tricolor. De time praticamente eliminado a duas rodadas do fim, o Emelec derrotou o Flamengo de virada em casa (após o rubro-negro estar duas vezes em vantagem) e calou o Estádio Defensores del Chaco no minuto seguinte ao Olimpia encontrar um gol de empate.

O Fluminense também não pode esquecer o exemplo do Cruzeiro em 2011 - que viu sua campanha avassaladora na primeira fase se esvair diante do Once Caldas - e lembrar que na edição de 2012 da Libertadores o próprio tricolor fez de tudo para perder quase todos os seus jogos. Não foi diferente contra os reservas do Arsenal de Sarandí, quando até Thiago Neves desperdiçou um pênalti nas mãos de um jogador de linha improvisado no gol.

Agora, na hora do mata-mata, qual lógica o time de Abel Braga vai se arriscar a seguir? O da pose de favorito, que deixa esvair sua qualidade em confiança e desinteresse constantes? Ou a equipe guerreira, que afirma contrariar matemáticos?

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