quinta-feira, 12 de abril de 2012

Enquanto há tempo



Não há dúvidas de que o Boca Juniors fez uma boa partida diante do Fluminense, e mereceu a vitória por 2 a 0 em pleno Engenhão. Mas atribuir exclusivamente a méritos xeneizes a frustração dos 42 mil tricolores é ignorar a maneira como a equipe de Abel Braga vem atuando na Libertadores. Em três dos quatro jogos na Taça Libertadores - na vitória sobre o Arsenal de Sarandí e nos triunfos sobre o Zamora - o tricolor das Laranjeiras jogou da mesma forma.

Erros de passe (alguns primários), falhas grosseiras na zaga, excessiva dependência de Deco, momentos de passividade, e nomes considerados com poder de decisão (como Thiago Neves), oscilantes durante os 90 minutos. A diferença em relação aos outros jogos é que o Boca Juniors "aprendeu", ao perder por 2 a 1 para o Fluminense na Bombonera (o único jogo de qualidade do tricolor na competição sul-americana), e no returno soube aproveitar as falhas cruciais do time brasileiro.

O fim da sequência de 100% de aproveitamento talvez faça Abel Braga enxergar os desacertos tricolores, e ainda tenha uma rodada de Libertadores para corrigi-los antes das oitavas. Nunca a máxima "perdeu quando podia perder" foi tão fiel a uma equipe.

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