quarta-feira, 10 de junho de 2009

O grito de gol do silêncio



Mais do que enfrentar um adversário direto, que briga pelo primeiro lugar das Eliminatórias da Copa do Mundo, o jogo de hoje diante do Paraguai pode silenciar boa parte da imprensa brasileira. Contestado desde sua chegada ao comando da Seleção Brasileira, o técnico Dunga tem hoje a possibilidade de praticamente classificá-la para a Copa do Mundo do ano que vem, na África do Sul.

Questionado por ter chegado ao cargo de treinador mais importante do país sem a menor experiência em outros clubes, Dunga convive com a falta de credibilidade de uma Seleção que vem alternando bons e maus momentos. E, em 13 jogos pelo torneio, com a goleada por 4 a 0 sobre o Uruguai conseguiu a primeira "sequência" de dois jogos com vitórias (a anterior foi um 3 a 0 diante do Peru). O retrospecto traz seis vitórias, seis empates (dentre eles, três 0 a 0 contra Argentina, Colômbia e Bolívia em território brasileiro) e uma derrota - justamente para o Paraguai, adversário de hoje em Recife.

O que mais espanta é que uma campanha tão oscilante esteja na primeira posição dentre as seleções da América do Sul - outrora celeiro de confrontos dificílimos - mesmo com o aparente "fortalecimento" recente de seleções como a Bolívia e o Equador. Mas não importa a maneira. Aos trancos e barrancos, a Seleção Brasileira promete chegar a mais uma Copa do Mundo.

Dunga tem para o jogo de hoje e para as partidas de 2010 um forte aliado: toda vez que a Seleção Brasileira vai para o exterior contestada, retorna ao Brasil com mais um título mundial na bagagem. O treinador espera que as contestações continuem, para a "Era Dunga" se consolidar também no banco de reservas e a cada jogo silenciar mais uma vez a imprensa esportiva.

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